terça-feira, 25 de setembro de 2012

DANÇA QUE DANÇAMOS


A Dança da Vida – EDWARD MUNCH    


Ela criança, é gostar de carinhos, de atenções e afagos com vontades feitas, é sentir-se a dona dos adultos à sua volta... Ou é o iniciar de frustrações futuras. 

Ele criança, é gostar de correr, de liberdade, de amigos parceiros nas brincadeiras... Ou é cobiçar e não ter.

Ela adolescente, é romantismo puro, paixão e revolta, é se sentir mulher sem ser, é sonhar... Ou é começar a errar o caminho.

Ele adolescente, é a descoberta do sexo que ocupa quase todos seus sentidos, é o sentir-se poderoso, quase um super-homem, é sonhar... Ou procurar o proibido.

Ela jovem, é a descoberta de ser mulher, é usar da sensibilidade e sensualidade, é descobrir seu poder sedutor, é enfrentar desafios, é se mostrar capaz, é sonhar... Ou perder oportunidades.

Ele jovem, é a descoberta de suas fraquezas, é a luta para crescer e vencer e é, principalmente, reconhecer o domínio do sexo sobre ele, é sonhar... Ou optar pelo mais fácil.

Ela adulta, é aprender a ser múltipla, é procurar amor, é participar do mundo, é colher frutos ou carregar pedras, é buscar, é sonhar... Ou maldizer escolhas.

Ele adulto, é assumir a tradição do macho, é não chorar, é parecer uma fortaleza, é procurar uma parceira e, muitas vezes, ser iludido pelo sexo, é carregar pedras, é sonhar... Ou sofrer calado.

Ela e Ele adultos com experiências boas ou ruins, é aproveitar, é aceitar, é recomeçar, é se rebelar é disfarçar...

Quem toca a música dessa dança?





Um comentário:

  1. Esta é uma história em que as fantasias e máscaras, que abrange a sua própria verdade, porque não é uma mulher frágil em cheio de inseguranças e gandes complexos, incapazes de mostrar como ele realmente sente.
    Bela história, e, infelizmente, eu acho que há mais casos do que nós pensamos. Beijos Hilda EARTIAGOITIA.

    ResponderExcluir

Revele que esteve aqui!