Abro meu coração pra você, segunda-feira.
Quer saber o porquê que não te gosto?
Revelo...
Primeiro deve ser pelo preconceito.
Sim, deixei-me levar por ele, desde muito nova ele já havia
exercido seu efeito em mim, mas é compreensível. Quase dois dias de folga de
aulas, de deveres escolares, somente brincadeiras, desenhos animados na TV,
passeio com os pais, ou festinhas de aniversários das amigas ou então alguma amiga na
minha casa ou eu na casa delas e os finais de semana eram de alegrias e
aventuras. Como gostar de viver uma segunda-feira na infância?
Até que minha implicância com ela era compreensível!
O ruim é que essa infância das segundas-feiras me traumatizou. Domingo
à tarde já começo a sofrer de “segundite”.
Agora aqui escrevendo e relembrando das “segundonas” já vividas percebo
que alimento em mim meu mal querer de você, segunda-feira. Hoje sou a culpada, pois
deixo pro teu dia tudo que é chato, ou ruim, por exemplo:
Faxineira reinando nos domínios da casa toda, no teu dia. Idem
pagar contas, aquelas tipo impostos, ou luz, água, telefone, aqueles pagamentos
que parece que jogamos o dinheiro fora, pois já usamos o que estamos pagando e
saímos de mãos abanando. Consultas ao dentista ou ao médico, também são no teu
dia. Sem falar aquelas determinações sofridas como iniciar isso ou aquilo no
teu dia. Tudo que surge e é desagradável protelo pra você.
Agora que fiz minha “mea culpa” vou modificar minhas atitudes,
vou distribuir as chatices pelos outros dias e na segunda-feira só leveza...
Poxa, aí terei segunda-feira na terça, na quarta, na quinta e na
sexta-feira?
Desculpe minha segunda-feira, mas vou continuar usando tuas
horas para as obrigações compulsórias e ser feliz nos outros dias da semana.
Afinal, os dias e suas horas são meus e os vivo como quero e neles vou
construindo minha história.
Quem traça meus caminhos sou eu...
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