quarta-feira, 3 de julho de 2013

Viver o entretanto do depois



Vivemos de perdas e ganhos e dos “entretanto” entre eles. Ganhos que poderão ser as próximas perdas. Perdas marcam, muitas ferem profundamente, algumas supera-se a falta com o esquecimento, em outras simplesmente o conforto da aceitação as tornam suportáveis.

Perdas causadas por erros, ou pelas circunstâncias ou pelas leis da natureza. É duro aceitar a finitude de um prazer, de um tempo feliz, de um relacionamento, de um conforto, de uma vida. O jeito é enfrentar o depois. É nele que mergulhamos em nós e com surpresa vislumbramos fraquezas ou fortalezas, derrotas ou vitórias.

É no “”depois” que acontece o ”entretanto”.

Num dos “entretanto” aprendi que não adianta querer voltar àquilo que acabou ou que foi perdido, nunca será o mesmo.  E assim partimos para novas experiências, talvez livres daquilo que antes as impediam, porém mais sábios para as vivências que se apresentarem e sem a ilusão de que serão eternas, pois todos os “depois” já ensinaram.

Em outro “entretanto” percebi que tudo na vida tem uma razão para acontecer. Os momentos felizes e os tristes, os acontecimentos prazerosos e os sofridos, as escolhas certas e as erradas. Todos, absolutamente todos, deixam marcas, umas que com suas lembranças nos completam nos momentos em que a vida parece vazia, outras que com suas dores e tristezas nos ensinaram, nos fortaleceram, forjaram e lapidaram nosso ser.

O sonho vivido se foi perdido
Pois não cabem os dois no depois
Entretanto o tempo seca o pranto
E o ganho torna e a perda retorna.


Todo ganho tem perda e toda perda tem ganho.



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