Vivemos de perdas e ganhos e dos “entretanto” entre eles. Ganhos
que poderão ser as próximas perdas. Perdas marcam, muitas ferem profundamente,
algumas supera-se a falta com o esquecimento, em outras simplesmente o conforto
da aceitação as tornam suportáveis.
Perdas causadas por erros, ou pelas circunstâncias ou pelas leis
da natureza. É duro aceitar a finitude de um prazer, de um tempo feliz, de um
relacionamento, de um conforto, de uma vida. O jeito é enfrentar o depois. É
nele que mergulhamos em nós e com surpresa vislumbramos fraquezas ou
fortalezas, derrotas ou vitórias.
É no “”depois” que acontece o ”entretanto”.
Num dos “entretanto” aprendi que não adianta querer voltar àquilo
que acabou ou que foi perdido, nunca será o mesmo. E assim partimos para novas experiências,
talvez livres daquilo que antes as impediam, porém mais sábios para as
vivências que se apresentarem e sem a ilusão de que serão eternas, pois todos
os “depois” já ensinaram.
Em outro “entretanto” percebi que tudo na vida tem uma razão
para acontecer. Os momentos felizes e os
tristes, os acontecimentos prazerosos e os sofridos, as escolhas certas e as
erradas. Todos, absolutamente todos, deixam marcas, umas que com suas
lembranças nos completam nos momentos em que a vida parece vazia, outras que
com suas dores e tristezas nos ensinaram, nos fortaleceram, forjaram e
lapidaram nosso ser.
O sonho vivido se foi perdido
Pois não cabem os dois no depois
Entretanto o tempo seca o pranto
E o ganho torna e a perda retorna.
Todo ganho tem perda e toda perda tem ganho.
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