quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Minto para mim...




Quando penso que não julgo.
Então por que me magoam as atitudes disfarçadas que entendo serem a mim dirigidas?
Se não julgo, não deveria me sentir alvo de ofensas covardes, deveria simplesmente ignorá-las...

Quando não aceito ter culpa num desentendimento, mas sei que qualquer um sempre é criado por pelo menos duas pessoas e o ditado, que deve ter sido concluído pelos homens das cavernas diz: “Quando um não quer dois não brigam”...

Quando me prometo tomar um banho rápido. Pois sei que depois da ducha, toda minha pele pede um creme, as imperfeições do meu rosto devem ser escondidas e os cabelos têm que ser domados...

Quando digo para mim que não é inveja o mal estar que sinto dos que se aplicam e perseveram em projetos iguais aos que tinha e desisti.

Quando vou a uma festa sem vontade de ir e me divirto nela...

Quando penso ter força para ignorar a pobreza e a dor do outro...

Quando me faço forte, e não enfrento e vivo uma tristeza até dar fim a ela.

Quando a soberba me cega...

Quando imagino ser mais que alguém...

Quando afirmo que elogios não enaltecem meu ego lá no fundo...

Quando me consolo dizendo que não repetirei o erro...

Quando não vejo que a felicidade está em mim e a procuro fora...

Minto para mim...
Quando me digo: Vai conseguir!
Mas essa muitas vezes deixa de ser uma e assumo:

Essa mentira seguirei praticando...

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