Sei lá porque, me fiz essa pergunta. E passei
a imaginar...
Me vi dando aula para uma classe de Hilda’s e
Hildo’s. Lembrei do meu olhar perdido nas salas de aulas que frequentei, quando
meu pensamento voava, viajava léguas numa velocidade comparável a de um jato e
do susto que levava quando o professor percebia minha abstração e fazia
pergunta sobre o que explicara e eu, cara de boba olhando sem saber do que
ele falava. Todos Hildo/a’s voando e eu falando pras paredes?
Como seria ser casada com um Hildo?
Nesse caso acho que adoraria! O Hildo
seria mais ou menos atencioso, etc e tal (isso fica pra sua imaginação), mas
independente e não interferiria na minha liberdade. Verdade que teria que aguentar
suas implicâncias que nem ele conseguiria explicar com um motivo lógico, mas
como uma Hilda, eu entenderia. Também teria que suportar suas alternâncias de
humor e de atividades... Sei não, se encontraria paciência para tal. E a falta
de pontualidade? Alguém tem que ter essa responsabilidade num casal. E a
rotina? Dois que odeiam rotina...? E o “não estou nem aí” para o que pensa de
mim? E dois perdendo chaves e documentos e outras coisas com suas mãos independentes cujo cérebro não as reconhecem como membros de seu corpo?
Amigos Hilda’s e Hildo’s.
Sentiriam qualquer mudança de
espírito em mim? E se afastariam esperando minha volta ao normal? Então nunca
estaríamos juntos! Ou somente nos momentos que a Hilda aqui, e os Hilda/o’s
estivessem com a mesma sintonia! E os momentos interiorizados deles e meu o que
faríamos nessas ocasiões? Em algum momento nos encontraríamos em estado normal?
É não dá, igualdades em personalidades, em
sentimentos, em emoções, em preferências, que mundo enfadonho seria!
Quer saber?
Ainda bem que somos únicos você e eu! Outra
Hilda? Somente a do espelho, e mesmo assim, quando estou em paz com ela!
Vivam as diferenças!
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