Amigo continua amigo... Mesmo nas desavenças entre eles.
_ Não, você entendeu tudo errado.
_ Sei que compreendi tua atitude corretamente. Mandei mais de uma mensagem
no teu celular avisando que estaria no local e no horário combinado. Esperei
por mais de uma hora e nesse tempo enviei outras mensagens.
Ela percebe que ele segue o sistema de sempre, muda a situação, foge do
tema em debate e cria cenário onde ele é o prejudicado e ainda, força o papel
de ofendido e magoado. Porém ela sente que esta imunizada, já não se comove
mais. Durante algum tempo acreditou nele, se culpou pensando não ter entendido
direito suas explicações. Agora não, pois aos poucos sentiu que ele não assume
seus erros, em sua própria avaliação é um ser perfeito. Erro é dos outros que
não o entendem. Vê-se como um homem honesto e educado, o que na verdade é, em
se tratando de ludibriar alguém, ou se mostrar o que não é, mas não nas
omissões que sua personalidade o leva a fazer.
Já ela vem desenvolvendo um método de convivência com qualquer pessoa,
em todo tipo de relacionamento, quer seja no amoroso, no familiar, na amizade,
no profissional, com vizinhos. Um método do espírito natural e racional, para
chegar à verdade. Análogo ao método que
René Descartes elaborou, e parte da dúvida para a certeza que o outro é um ser
pensante e emotivo como ela e rejeitar como falso tudo que possa ser posto em
dúvida. Se a dúvida existe, então não afirma ser verdadeiro...
Ele com seu sistema autodefensivo, ela com seu método elucidativo na
procura da verdade, só pode resultar em conflitos, mas deles resultam num
aprofundamento no conhecimento mútuo, que a cada vez mais aprofunda a amizade e
cria confiança entre eles. Aos poucos, bem lentamente, ele vai assumindo suas
deficiências emotivas, e ela também aos poucos vai crescendo em seus
envolvimentos...
As 4 regras do método cartesiano de Descartes
A primeira consistia em nunca aceitar
algo como verdadeiro
sem conhecê-lo evidentemente como tal:
isto é, evitar cuidadosamente a precipitação
e a prevenção; não incluir nos meus juízos
nada que não se apresentasse tão clara
e distintamente à minha inteligência
a ponto de excluir qualquer possibilidade de dúvida.
algo como verdadeiro
sem conhecê-lo evidentemente como tal:
isto é, evitar cuidadosamente a precipitação
e a prevenção; não incluir nos meus juízos
nada que não se apresentasse tão clara
e distintamente à minha inteligência
a ponto de excluir qualquer possibilidade de dúvida.
A segunda era dividir o problema
em tantas partes
quantas fossem necessárias
para melhor poder resolvê-lo.
em tantas partes
quantas fossem necessárias
para melhor poder resolvê-lo.
A terceira, conduzir por ordem os meus
pensamentos,
começando pelos objetos mais simples
e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco,
gradualmente, até o conhecimento dos mais compostos;
e admitindo uma ordem mesmo entre aqueles
que não apresentam nenhuma ligação natural entre si.
começando pelos objetos mais simples
e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco,
gradualmente, até o conhecimento dos mais compostos;
e admitindo uma ordem mesmo entre aqueles
que não apresentam nenhuma ligação natural entre si.
Por último, sempre fazer enumerações tão completas,
e revisões tão gerais,
que tivesse certeza de nada ter omitido.
e revisões tão gerais,
que tivesse certeza de nada ter omitido.
René Descartes, 1637
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Na matemática usa-se esse método na comprovação de uma afirmativa. Se ela for verdadeira para infinitas situações, mas falsa para uma única, é considerada totalmente falsa.
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