Quem nunca tolo foi,
Desconhece a pior dor
De um sonho que se vai
Levando o rio das entranhas
Deixando o vazio às sombras.
Nem é preciso saber
Enigmáticos cálculos matemáticos
Como a Razão de Ouro,
Que rege a natureza.
Para saber que,
Quem de seu Eu foge
Vira-se contra a vida,
Ignora a natureza,
Não constrói o elo
Que eterniza um momento
De entrega absoluta.
Já vi tolos que sábios se julgam
Arrastarem-se pelos dias
Carregando fardo de tolices,
Até um dia tardio
No espelho se olharem
E murcharem.
E sábios que se veem tolos
E algumas vezes são,
E ao ser se reconhecem,
E se reconstroem,
E criam seu elo de vidro
Que talvez um dia,
Por um tolo será rompido...
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