terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Eu e minha razão




Então...

Hoje chamei minha razão e lhe disse:

Sei muito bem que o que vejo e sinto pode não ser a realidade, mas por favor, deixe de ser intrometida e me permita crer que é. Como quando um papel solto ao vento o vejo como a imagem do vento; ou uma borboleta a representação de uma alma linda e colorida; ou imaginar que o horizonte é a morada da felicidade. Como quando coisas abstratas e sentimentos se tornam concretos e vejo o amor diáfano, como uma nuvem alva que envolve o ser e o ilumina e o desamor uma nuvem roxa que o enfeia. Num lápis e uma folha de papel, a liberdade da expressão.

Não dê palpites nos meus devaneios de aventuras, de dramas também, de sucesso, de conquistas ou de vislumbrar como agiria se acontecesse uma situação desejada. E ainda, são covardia os gritos com que coloca sua posição, saiba disso.

E que mal causo se percebo tristeza no olhar de alguém que gosto e apesar dele negar em palavras, lhe cumulo de agrados e me ofereço para ajudar, e quando vejo falsidade em outros e ambição desmedida, se somente me afasto?

Também dona razão, não me peça para explicar exatamente como sinto a presença de Deus pelos meus dias. Mas não fuja quando precisar chegar a conclusões lógicas baseadas nas visões reais junto com as visões sensoriais, e você sabe bem que faço isso constantemente, é minha bola de cristal. Nem quando quiser desvendar minhas emoções embaralhadas do tipo: sofro porque amo ou por não saber perder; doeu porque foi ofensa ou por ser verdade; fui ludibriada ou me enganei; fui traída por viver ilusão? E muitas outras...

Ainda, presente mesmo dona razão, te quero quando estudar ou ensinar matemática, ou controlar orçamento mensal apertado, ou encontrar uma solução rápida para alguma situação imprevista. Entendeu bem, sua entrona?

Então, deixe eu viver minha vida sonhada, ela é necessária pra que a vida vivida seja completa e resolvida!




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