quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

FELICIDADE CLANDESTINA





Ele passou por ela na calçada olhou-a, ela percebeu e devolveu o olhar. No outro dia, em outra hora, novo cruzar de olhares aconteceu. Novo dia, novos olhares cruzados. Depois de vários olhares, ela o cumprimenta, ele demonstrando alegria ao seu cumprimento, responde sorrindo. Novos cumprimentos e algumas palavras. Outro dia, outro cumprimento e mais palavras. Depois perguntas respondidas por um e por outro. Algumas palavras mais, outras perguntas mais, outras respostas mais, segredos revelados. Impedimentos conhecidos insuficientes para brecar a sedução nascente. Identificação reconhecida, almas gêmeas até aqui. Sonhos e carinhos. Felicidade dos dois em planejamento de encontro furtivo. Liberdade de um, prisão de outro. Amor exigente de um briga com amor clandestino de outro. Incompreensão de um, incapacidade de outro. Mágoa de um transfere pro outro. Cruzam-se na calçada, sem cruzar olhares... Seguem com olhares tristes carregando sonhos e lembranças... 


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