terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Carta a Mim Mesma




Olá Hilda,

Quero, inicialmente, pedir desculpas por não ter usado nenhum adjetivo do tipo: prezada, querida, amiga, senhora, excelentíssima... Ficou difícil usar qualquer um! Como te chamar de “prezada”? Ou de “querida” ou “amiga”? Quando tem vezes, e você bem sabe, que te desprezo!

Sei que você me entende e não se surpreende, sempre procuramos pela verdade uma com a outra, não é? E nem tem jeito de ser diferente disso! Porém, você também sabe que te amo quando não te desprezo.

Pelos momentos ou tempos de desprezo é que te escrevo, mesmo porque, os de amor não necessitam explicações! Quero falar desses tempos de desencontros.

É nos desencontramos em algumas opiniões, como quando você preferiu seus achismos e nem ouviu meus conselhos, lembra-se? E lá se foram amigos, amor, carreira. Os amigos e amores eram seus, tentei ajudar, mas você recusou e chorou sozinha. Eu somente a consolei e mostrei formas de superar o sofrimento.

Mas a carreira, essa você não tinha o direito de jogá-la fora! Essa era somente minha!
Todo esforço foi somente meu, eu que batalhei, eu que me dediquei, eu que busquei o sucesso. Você não podia decidir terminar! E foi o que fez!

Sei que você me venceu e concordei. A desprezei por pouco tempo e por isso aceitei a derrota. Afinal, você ficou feliz e é feliz até hoje. E eu me realizo em outras áreas com tua ajuda, como escrever, desenhar, até no amor estou participando junto com você, lado a lado, e não é que tem dado certo?

Hilda, a verdade é que somos parceiras, que houve atritos e outros acontecerão, mas continuaremos unidas, a vida nos faz assim. Nossa sorte é que aprendemos a conviver, não é? Na felicidade e na tristeza.

Sua companheira que agora te ama, Eu.



Um comentário:

Revele que esteve aqui!