Amar é intrínseco a todos nós, porém dar qualidade a esse amor é
o que tenho que aprender. Amar sem o condicionante “se”? É difícil, talvez até
impossível e é esse o aprendizado que preciso adquirir para assim, valer a pena
viver. Sei que amar é aceitar, amar é entender, amar é saber se colocar no
sentir do outro e não iguala-lo ao meu, e se alcançarmos esses objetivos não
acontecerão mágoas, julgamentos e desamores. Mas onde coloco o orgulho? Sim,
porque parece que ele é o grande vilão dos meus amores. Orgulho é cego e com sua
cegueira fere meu amor próprio.
Nesse ponto de meu devaneio amoroso ou melhor, de minha busca em
entender como amar com verdade, pressinto que é nele que necessito focar. Quando
me conhecer inteira, não serão palavras mal avaliadoras de mim que acionarão
meu orgulho, nem interpretações de meus atos, nem silêncios e menos ainda
desdém, pois saberei identificar se mereci os desagrados e se sim, me arrumar
se não, entender qual dos meus atos provocou o orgulho do outro. Conseguirei?
Sei que é difícil, mas continuo no desejo de assimilar essa aprendizagem.
E o sofrer?
Como sofrer? Isso penso que estou um pouco mais adiantada na
aprendizagem. É mais fácil, suficiente é não carregar culpas e aceitar a dor
sabendo que ela passa. Não adianta fingir que a dor não existe, ou procurar um
substituto do que doeu e se foi, dor tem que ser sentida, tem-se que viver a
dor, convalescer a dor até a curar. Porque pode parecer que não, mas acaba e
deixa só a cicatriz, como num vaso quebrado que foi colado e continua sendo
vaso e recebendo flores.
O sofrer faz parte do amor assim como a morte faz parte da vida,
encaro essa verdade, não existe amor sem sofrer, pois até Deus sofreu ao
entregar seu Filho à morte por amor a nós!
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