_ Alô.
_ Sim é da residência dela. Sou o
companheiro dela... Como... sequestrada?
O que preciso fazer para liberta-la? Quando
volta a ligar? Quero falar com ela, agora!
_ Você está bem? Não fique nervosa,
vou te encontrar logo.
_ Queria falar mais, você não deixou.
Prometo não avisar a polícia, quando vai pedir o que quer? Daqui a três dias?
Já falei, não vou avisar a polícia. Deixa falar com ela de novo.
_ Olha, você sabe que não temos
dinheiro para pagar resgate, conversa com o sequestrador. Entendi, você não
quer que eu avise a polícia, tem medo é isso? Tem certeza que é melhor assim?
Está bem, sei que você consegue dobrar o seqüestrador.
toin, toin,
toin ...
................................................
_ Você viu só? Ele está mais
preocupado com o dinheiro do que comigo! Há anos me vigiando, reclamando de
minhas roupas, o decote, a transparência, o tamanho do biquíni, aonde vou, com
quem vou, implicando com os colegas de trabalho em cenas de ciúmes!
Os dois se abraçam felizes. Haviam
conseguido três dias juntos, só eles. O que parecia impossível agora é
realidade. A casa confortável que ele alugou seria o cativeiro onde se
manteriam presos, um ao outro... até o dia em que ele partiria.
...........................................................
_ Sabia que você conseguiria! Se não
fosse a roupa suja de terra, nem diria que fugiu da prisão, deixa ver os
pulsos, não estão feridos! Não, você pediu e não avisei a polícia, estava
esperando um novo contato dele. Mas agora vamos à delegacia, você descreve o
seqüestrador, era um ou havia outros? É, talvez seja melhor não fazer a
denúncia.
Isso, vai tomar um banho... Tem
certeza que não quer que eu fique com você? Então certo, vou para o escritório
que nesses dias acumulei trabalho.
Respira aliviado e sai para aqueles
encontros furtivos que nesses três dias não aconteceram... Enquanto ela sonha
com o reencontro breve, já planejado, lá na cidade que ele vive.
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