Brisa, sol, céu
azul, areia morna que as ondas do mar carinhosamente a acariciam no seu
incansável ir e vir. Dia perfeito para se entregar ao prazer de sentir e ouvir
esse cenário natural e perceber o coração pulsar comprovando a vida.
Ela estava ali, no
cenário magnífico, sentada na confortável cadeira de praia e os pensamentos
modificando-se em velocidade, nenhum se detinha muito tempo. Como num filme se
viu em momentos felizes e em outros tristes; também reviveu as conquistas que
venceu e as que perdeu; Sonhos também se fizeram presentes e planos.
Aconteceram também alguns questionamentos poucos, mas pungentes.
Abriu os olhos e
viu o menino entretido em soltar sua pipa colorida. A pipa dançava no ar em
movimentos leves como de uma bailarina ou em acrobacias como um ginasta. Içada
pelo vento, de repente acontecia uma queda brusca na altura e o menino manejava
a linha e a elevava novamente e outra vez ela dançava graciosa e a
queda acontecia e o menino a acudia. Soltava mais linha quando sentia que a
pipa estava sendo impulsionada e a recolhia quando o vento diminuía ou mudava a
direção.
Ao observar o menino empinando sua
pipa, ela se viu em seu lugar. A pipa é sua vida e ela é o menino. É ela que
procura pelo vento que eleve sua pipa e a faça dançar suave e em outras vezes,
sofrer quedas bruscas e procurar retornar ao vento que a impulsione. Quantas
acrobacias já realizou para se manter no alto! E quantas quedas sofreu! Já usou
vestes coloridas como a da pipa do menino e também já se vestiu de negro. Já
foi “cortada” pelo “cerol” da linha
de outras pipas de meninos malvados. Alegra-se ao concluir que em nenhuma queda
desistiu e sim, procurou pelo vento certo que a impulsionou a subir e voltear
pelo céu...
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