Então era assim...
Nos primeiros anos do estudo fundamental, lembro-me da
professora colocando uma gravura num cavalete e mandando que escrevêssemos sobre
a figura.
Grilhões seguravam todas as ideias da minha mente presas penso
que, num calabouço. Olhava para os companheiros sentados a minha volta, todos
escrevendo eu olhando para uma página em branco. Quase no final do tempo
escrevia duas linhas caprichando para a letra ser ilegível e elas diziam coisas
do tipo: vejo uma menina segurando uma cesta com flores... Depois, para meu
desespero, vieram dissertações, redações. Na verdade, não lembro e não sei como
consegui vencer essas barreiras e talvez por elas é que me identifiquei com a matemática. Hoje quero testar esse exercício de olhar para
uma figura e compor um texto, quero ver se a vida me ensinou o que a escola não
conseguiu. Minha experiência é com essa foto de um grupo de pessoas.
Começando o
exercício...
Tarde de outono, um outono frio que pede agasalhos, mas também
abraço, aconchego, vinho e lareira.
O grupo de jovens estudantes com suas pesadas mochilas com
livros que carregam conhecimentos para serem transferidos às suas mentes, caminham
pelo cruzamento de ruas enfeitadas pelas folhas que o outono derrubou, aparentando
a despreocupação natural da idade. Mas será que as mentes do casal de
adolescentes estudantes que pelas posturas são namorados, estarão abertas aos
novos saberes? Outro casal ainda está na fase inicial, naquela espera da coragem
de um dos dois se declarar, as mentes desses então é que não receberão nada
desconhecido. Dois deles sim, pelo andar de passos firmes, sabem o que querem e
vão à busca do objetivo pretendido.
Mulheres jovens conversando despreocupadas, talvez contando
amores ou desilusões, ou projetos futuros, ou comentando sobre alguém conhecido
delas, ou das coisas que compraram ou pretendem, ou comentando sobre política e
economia, ou sobre moda e maquiagem, ou sobre suas ocupações profissionais, ou
sobre seu time de futebol preferido. Sei lá, só sei que conversam, pois mulheres
têm sempre uma variedade imensa de assuntos e variam muito neles, e com
frequência mudam de um para outro tema sem problemas de uma não entender a
outra. Parece que suas mentes se comunicam antes das palavras serem proferidas.
O senhor encasacado talvez voltando para seu refúgio onde ao
fechar a porta, retira o sobretudo de lã, solta os ombros e relaxa. Mais um dia
vencido. Agora é não pensar em obrigações e se preparar para o convívio
familiar torcendo para que os filhos adolescentes valorizem seu trabalho e
respeitem seu descanso.
Nesse ponto resolvi ler o que escrevi... É necessito praticar
muito esse exercício.
Olá Hilda!Parabéns você capitou perfeitamente,avida lhe ensinoue você aprendeu lindamente,muito belo.beijo Marina costa.
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