Alguns dos
meus divertimentos ao navegar nas ondas da internet são participar de enquetes
em que emito minha opinião ou preferência, de debates sobre algum assunto, das
redes sociais e fazer compras. Mas tem um ponto que muitas vezes me afastam
delas. Ao preencher os campos para poder participar, tem sempre esse: “Idade”.
Até nas compras online e me pergunto: se digito o número do meu cartão para
efetuar a compra, qual o interesse na minha idade? No mundo real também em inúmeras
situações vem a pergunta indiscreta, até em promoções de algum produto ou
comércio e às vezes até mesmo tendo sido pedido o número do documento apelidado
de “RG”. Sei bem que esse detalhe serve para pesquisas metodológicas de
mercado, tipo saber a preferência de cada faixa etária por um produto, uma
postura, ou pensamento. Mas não quero fazer parte de pesquisa nenhuma!
E cá entre nós,
depois dos trinta e qualquer coisa nós mulheres não gostamos de ver ali
escrita, vibrante pra todos testemunharem, nossa idade, não é mesmo? Ainda mais
divulgada sabe lá para quem. Falei em nós mulheres, porque os homens não se
constrangem com isso pelo simples fato de que, em qualquer idade mesmo já com a
circunferência da cintura impedindo que o mesmo veja seus próprios pés e com a
debandada da cabeleira, continuam se autoavaliando belos e vigorosos. São como
Narcisos se mirando num lago. Tanto é verdade que não existe uma representação
feminina para o Narciso. Se existe, não conheço.
Hoje, preenchi
um desses formulários e essa invasão da minha intimidade me fez pensar em o que
é idade.
No dicionário
diz, entre outras, que idade é:
a- O número de
anos de alguém ou algo.
b- Época da
vida.
c- Estádio da
existência; fase.
A definição “a”
pode ser comprovada no Documento de Identidade, assim como a data de nascimento
porque se é pedido o número dele deve ser para comprovar os dados que forneci.
Então descarto essa definição.
A “b” me faz
pensar e concluir que é um tremendo mistério! Época da vida!
A tal da
Terceira Idade começa após os sessenta e cinco anos de vida e vai até que o
terceiro idadista não tenha mais seu
sorriso visto por ninguém. Então, como é a última época de vida e é a
“terceira”, só podem existir duas épocas antes dessa, que devem ser:
Infância e
Adulta.
Infância seria
então o tempo desde o nascer até a Etapa Adulta. Quer dizer que um recém-nascido
está na mesma época que um adolescente ou um jovem? E a adulta até os 65 anos.
Quando inicia a fase Adulta? Mistério...
Fico então com
a definição “c”: Estádio da Existência, melhor ainda, Fase!
Pois é, já
passei por várias fases nos meus dias e vivo retornando a elas quando alguma
força me chama, por exemplo: fui e sou até hoje estudiosa do que me interessa,
é a fase: estudante; sou professora com registro no MEC: fase profissional;
alterno algumas outras fases, como artista plástica, cozinheira, jardineira,
política, hoje blogueira em outras contista ou costureira, perua assumida por
aí, são fases: inventiva. E as fases como: romântica, triste, ansiosa, preguiçosa,
apaixonada, introspectiva, irada, depressiva, feliz, são as fases: emocionada.
Também às vezes estou com várias fases em plena atividade...
Viva! Resolvi
meu problema no enfrentamento da odiosa IDADE? Agora preencherei esse campo com
letras maiúsculas, orgulhosa e exibida, com o nome da fase que estiver vivendo!
E quero ver quem me provará que estou errada.
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