quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Os Mistérios do Sujeito na Análise Sintática



Enredo: Uma frase que conta um fato de ação, ou situação no momento narrado.

Personagens: O Sujeito e o Predicado.

Personagens secundários: complemento nominal, adjunto adverbial, aposto, vocativo, adjunto adnominal, entre outros. 

Dos personagens dessa trama sintática, o que mais chama atenção é o Sujeito, pois é o ator principal é por ele que a trama acontece, é o regente. E que Sujeito versátil ele é, uma hora se mostra claramente, é um Sujeito Simples como eu, em outras se esconde como o Sujeito Oculto, coisa que não faço. Mas para o Sujeito exibido ou o escondido ou qualquer outro, ser reconhecido como tal, o predicado há que estar na cena junto a ele. Assim:

Deus existe.

Sujeito simples, mostrado claramente para todos que O quiserem sentir: Deus.

Predicado é a ação que o sujeito executa ou a que a trama conta dele, pois uma trama tem que ter ação, concorda? No enredo apresentado, diz que o Sujeito ‘Deus’ existe, então ‘existe’ é o predicado.

O sujeito simples é simples mesmo, não complica e não se mistura a outros:

O homem caiu do cavalo - O silêncio é revelador – Eu amo o amor

Ele se mostra claramente, basta perguntar ao predicado quem praticou ou sofreu ou viveu a situação. Gosto das coisas 'às claras', nada complicado, a vida é fácil se não a complicarmos.

Existe o sujeito com problemas de solidão, precisa de companhia, ainda não concluiu que cada um é sua melhor parceria. É o sujeito Composto:

A transparência e a gentileza mostram a essência do ser.

Tem um tipo de sujeito que mexe com minha imaginação a instiga e me transforma, é o misterioso Sujeito Oculto. Não sei se é simples curiosidade, ou a vontade de ajudar um amigo vivendo alguma situação, ou mania adquirida por ter praticado observar detalhes racionalmente ao desvendar enunciados lógicos, ou procurar me conhecer através dos mistérios de outros, ou a necessidade de aprender, ou uma forma de defesa, mas sei que mistérios me fascinam. Apesar de que, esse Sujeito Oculto não é assim tão misterioso, mostra pistas fáceis. Ele se esconde, exibe somente sua sombra na cena, será por inibição? Afinal atuar num palco com holofotes sobre si, não é para todos mesmo, mas se escolheu ser Sujeito há que se sujeitar. Veja como ele esconde-se mal:

Sabe que é querido por muitos

Quem sabe isso? Algum ‘ele’ é evidente, o predicado o mostra! E esse ‘ele’ é o Sujeito escondido.

Aqui o ‘eu’ é o sujeito também desvendado pelo tempo verbal:

Não gosto de ser ignorada

O que dizer de um Sujeito “em cima do muro” vulgo Sujeito Indeterminado? Digo que sou determinada e que não gosto de vacilo, logo dúvidas não me agradam, como entender frases que só fazem de conta que contam alguma coisa? Assim:

Falaram mal de você no twitter.

Subo nos tamancos, quero saber os sujeitos!

Esse Sujeito medroso sempre é acompanhado por um predicado verbal que está na terceira pessoa do plural.

Ou ainda apresenta-se assim:

Precisa-se de professores de matemática, que entendam de Sujeito Sintático’*

_ Oba, quem procuro para oferecer meus conhecimentos? Não sei, que aborrecido isto!

Então, esse Sujeito se oculta pelo verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome ‘se’ fazendo o papel de indeterminação do sujeito.

Procura-se vaga num coração amigo...

* Sujeito Sintático, existe essa expressão ou minha mente a criou?  



Um comentário:

  1. Mestra Hilda!

    Uma aula digna do #SOSEducação, para este povo Brasilês tão necessitado de saberem exatamente o que falam apó sentir.
    Eis os sujeitos adjetivados e muito mais ocultos para sí mesmo do que para sua comunicação,
    Eis todos os sujeitos próprios com seus corações cheio de advérbios, que nao conseguem verbalizar suas próprias emoçôes e deixam-se ficar ocultos por medo.

    Que bela lição nos dá com a gramátia tão emolduradamente digna de nossa lingua, tão necessária e esquecida.
    Quanto mais usamos o verbo mais adjetivos surgem com as des-culpas apropriadas por nosso inconsciente, este nao tão oculto e manifestado em todas as ocasiões na dita pseudoracionalidade.

    Que bom poder ter todos os dias aulas que nos ensinam a pensar.. Afinal não dói.

    Obrigado Hilda

    Com carinho e admiração

    José Carlos Bortoloti
    Passo Fundo - RS -
    www.epensarnaodoi.blogspot.com.br

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