Sempre pensamos que mais é melhor que menos, até dizemos o
popularesco: “Quanto mais, melhor”. E na maioria das vezes acontece:
Mais acertos, menos erros.
Mais alegria, menos choro.
E vai por aí, mas não são esses menos que me detenho em
pensamentos e sim, aos menos que parecem roubarem felicidades com a ausência
deles. A gente sonha, esforça-se, trava lutas diárias para ter o mais e algumas
vezes, o menos seria melhor.
Para ter mais amor, muitas vezes anula-se e o menos acontece no
amor-próprio. E a recíproca, acontece? Menos amor-próprio mais amor... Confesso
que não acredito. Mas creio em menos amor e mais amor-próprio, pois quem se ama
não se modifica para ser amado e nem sofre para tê-lo e, quando acontece
recebe-o de braços abertos e o vivencia de modo leve, suave e ao mesmo tempo,
intenso e duradouro. E a recíproca acontece: mais amor com mais amor-próprio.
E o que dizer da busca da felicidade em bens materiais?
Quando conseguidos, trazem preocupações, trabalho para
conservá-los, e o pior é a constatação que não resultaram na pretendida
felicidade. Talvez o menos trouxesse mais alegrias.
Sei que para encontrá-la só precisamos da “sabedoria”.
Será com o sentir a vida, sentir quem está ao nosso lado e suas
carências, sentir e agradecer o que conquistamos por pouco que seja, sentir o
perfume das flores, o cantar dos passarinhos, o riso da criança, o carinho do
cão ao seu dono. E principalmente, com o exercício constante da humildade e do
amor solidário.
Preferi a Sabedoria aos cetros e tronos e, em comparação com
ela, julguei sem valor a riqueza; a ela não igualei nenhuma pedra preciosa,
pois, a seu lado, todo o ouro do mundo é um punhado de areia e, diante dela, a
prata será como a lama. (Livro da Sabedoria 8, 8-9)
Tenha uma semana com Sabedoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Revele que esteve aqui!