sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Triangulo amoroso na matemática


Contando conto ambientado nos princípios da geometria espacial


Um triângulo é formado por três pontos distintos e que não estejam numa mesma reta. Esses três pontos, unidos dois a dois determinam retas que se prolongam nos dois sentidos em direções ao infinito...

Infinito... como será o infinito? Conhecemos bem o finito, os fins que nos deparamos pela vida.

O amor, dizem os apaixonados, é infinito, sem medida e sem peso. É linear, é uma reta determinada pelos corações amantes que a criam. Mas no universo existem muitos pontos fora dessa reta apaixonante, que geram outras retas e essas encontram outras retas em seus pontos comuns e se cruzam e determinam triângulos e outras figuras geométricas.

Uma reta apaixonante foi determinada por Diogo e Iara para se fortalecer e se desenvolver em direção ao infinito, única, encontrando retas transversais pelo caminho. Por um tempo foi uma reta harmônica, viajando num feixe de retas paralelas, tranquilas como as águas de um lago. Um dia Flora reluziu em sua reta paralela à reta de Diogo e Iara e o brilho dela chegou aos olhos dos dois.  E retas surgiram. A determinada por Flora e Diogo, uma reta sedutora de intensa sensualidade e a que Flora e Iara criaram foi de amizade e de interesse. A amizade doada por Iara e o interesse por Flora.

E assim nasceu um triângulo amoroso e no espaço interno determinado por seus lados, os sentimentos se misturaram e interferiram na razão de seus vértices. Diogo não mais sabia a quem amava. Iara distanciou-se de Diogo pela fraqueza que ele demonstrou. Flora pouco se importava com o sofrimento de Iara e na verdade, seu egoísmo até o escondia. E por algum tempo Flora foi dona do espaço, movimentando-se por ele sempre atenta para que a reta de Diogo e Iara não abandonasse seu ponto pessoal destruindo o triângulo, pois ela precisava de Iara para manter Diogo no triângulo. Flora usou de todos seus encantos, de sua sensualidade, de sua sexualidade liberada e também de falsidade. Iara recolheu-se ao seu ponto no vértice dela, deixou o espaço triangular para Diogo e Flora. E Iara sofreu calada assistindo a dança copular dos dois pelo espaço livre.

O erro de Flora aconteceu quando ela quis determinar uma reta apaixonante com Diogo. Iara rompeu o ligamento de amizade entre seu ponto e o de Flora, desfez a reta apaixonante com Diogo transformando-a em amigável, ou fingindo ser assim e foi conquistando o espaço triangular, tornou-se a rainha dele.

A determinação de Iara mostrou ao Diogo todo amor dela por ele. Não foi preciso palavras, nem beijos. Bastaram os olhares, os sorrisos os toques e carinhos românticos e verdadeiros. Bailaram embalados pela paixão numa música somente ouvida por eles e assistida por uma Flora enciumada e rejeitada que em fúria, destruiu as retas traçadas com Diogo e com Iara. Foi o fim do triângulo e a reta apaixonante de Diogo e Iara retornou seu caminho suave, no feixe de paralelas, em direção ao infinito do amor.

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Desculpe meu leitor, mas fazia tempo que não viajava pelos elementos matemáticos e hoje fui por eles intimada a colocá-los na minha escrita. Até fui chantageada com a afirmação de que se continuasse ignorando-os, toda matemática que conheço abandonaria minha mente... Já pensou? Anos de estudos partindo?  

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