sexta-feira, 22 de junho de 2012

Á MODA DA CASA




Sexta-feira, 16:15 horas, acabei de levar o aluno até a porta, dei beijinho de despedida e o lembrete: próxima aula quero os exercícios resolvidos, ok?

Vim guardar o livro, a caneta e a agenda que deixei em cima da mesa da sala de jantar... - confesso que não posso ver uma folha de papel e um lápis ou caneta e deixar de rabiscar alguma coisa, escrita ou desenhada. E a agenda ali, só com um pequeno lembrete. Que desperdício de papel, pensei e resolvi escrever nele os pensamentos que surgissem em minha mente, sem nenhum foco ou busca de temas, nada...:
 
Ihh ... tenho que ir até a farmácia de manipulação encomendar meu creme de DMAE e Éster de Vitamina C, e também preciso passar no Caixa Eletrônico que a carteira está vazia e amanhã tenho que pagar a Maria (empregada).

Chove nas ruas santistas, a claridade do dia parece ser do entardecer, luzes acessas na sala... desisto, não vou sair daqui agora!  Vou aproveitar e fazer algo criativo e prazeroso. Mas o que? Escrever?  Isso já estou fazendo na agenda.Vou então pro computador escrever no Word? Ahh não, porque senão acabo ficando por lá nem sei quanto tempo! Tem tantos interesses, internet, facebook, twitter e meus sites favoritos, ler e responder os e-mails amigos que imagino irei baixar, isso faço à noite após o Jornal Nacional.

Já sei, o clima está propício para sentir o calor de um forno assando um pão e a casa ficar inebriada pelo aroma dele. Por que será que cheiro de café sendo coado e cheiro de pão assando me trazem sensações de conforto, de conchego? Vou pra cozinha...

Cadê a receita? Ai que raiva da Maria que vive arrumando os armários e mudando as coisas de lugares, já reclamei tanto sobre isso, acho que ela quer se fazer presente em sua ausência, só pode ser isso! Não adiantou revelar que meus pensamentos sobre ela, nessas ocasiões, não são os que ela gostaria, mas não aprende! Dez anos aqui e continua igual!

Achei!
Liquidificador, 60g de fermento de pão, 2 ovos, 4 copos pequenos de água morna, 1 xícara rasa/chá de açúcar, 2 colheres/café de sal, 1 xícara (chá) de óleo, 1 quilo de farinha de trigo, pronto, tudo aqui. Vou começar pelo que não gosto de fazer, untar e enfarinhar as duas formas de pão... legal que elas são do tamanho dos pães de forma industrializados, os meus ficam parecidos com eles, mas bem mais saborosos e bonitos!

Ovos, óleo, açúcar, sal tudo dentro do liquidificador batendo... e a chuva continua, primeiro copo de água morna, bate mais um pouco, o segundo copo de água ... Billie Holiday cantando Lady Sings The Blue e esse liquidificador barulhento! Vamos acabar logo com isso... terceiro copo e vou logo desmanchar o fermento no último copo d´água e colocar pra bater também.

Ufa, desliguei o barulhento! Agora é só despejar na vasilha e misturar a farinha. Esqueci de pegar a acolher de pau... feito, agora é só misturar  ... Caetano Veloso e Canção do Amor.

Amor... amor materno, fraterno, amigo, amante, amor de Deus... existem diferenças entre tipos de amor? Ou é sempre amor? Amor é amor? Já me assuntei sobre isso em outras ocasiões e ainda não me respondi. Bom, já está tudo bem misturado, agora vou dividir a massa em duas partes e colocar nas formas preparadas. Ainda bem que são grandes, se não teria que assar em três formas! Feito, agora é esperar crescer por uns 45 minutos e assar em forno quente. Depois de mais ou menos 30min. estará assado e dourado por cima! E a casa com cheiro de pão!

Será que consigo limpar minha agenda, tirar toda essa farinha grudada nela?

Agora é esperar o tempo para o pão crescer... a chuva diminuiu, vou aproveitar e ir andando até a farmácia... pena que não posso mais continuar escrevendo até chegar a hora de assar o pão e durante os 30min. de forno. Recomendo a você que está lendo, que faça esse pão caseiro fácil e delicioso, e desejo que enquanto o prepara, encontre a resposta à minha dúvida:
Existem vários amores ou é um só amor?
Prometo que se eu me responder, conto para você.

4 comentários:

  1. #CoisaLinda!
    Só existe UM amor.
    Se sai para fora da caixola não é amor, porque AMOR não cabe em caixinhas.
    AMOR mora em corações, mas o AMOR não é dono do coração.
    AMOR é AMOR. Simples assim. Sem barreiras, nem fronteiras, muito menos acertos.
    AMOR não tem tamanho, nem dimensão.
    Amo o AMOR.
    Jade, a da melancia

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  2. Fafaaaaaaa...lindo teu blog, amiga!! E já sei que vai vir por aí textos lindos, maravilhosos!

    Beijossssssssss!!

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  3. Existe Hilda.
    Estão ali, todas as formas de amar num só amor.
    Bom Dia!

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  4. Não vou lhe responder sobre o amor, porque também não sei...Quero falar da forma que vc descreveu o cenario, as circunstâncias, os sentimentos.
    Hilda, eu vi a Santos cinzenta, molhada, verticalmente riscada por pontinhos brilhantes das gotas de chuva.
    Vi sua sala de jantar, o ambiento quieto e calmo. Senti o cheiro de café coado que vc ainda nem havia feito...
    Cheiro de café, ovos na geladeira, cortinas de renda balançando com brisas vespertinas são simbolos que me remetem à infância... à casa de meus pais. Que delicia lembrar disso. Que saudade gostosa!
    Ah... Vc ouvindo Billie Holiday me fez lembrar também das manhãs de domingo, dia sagrado de Percy Faith, Paul Mauriat, Burt Bacharach na vitrola do meu pai.
    Obrigada pela viagem!

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