Sou
luz e sou Eu.
Sou
sombra e sou Anti-Eu.
A
parte Luz, o Eu pensante e assumido, é minha porção boa, meus bons sentimentos.
É o lugar do amor, da alegria, da simpatia, da solidariedade, da compaixão, da
amizade, do prazer, da compreensão, do perdão, da admiração, da aceitação de
tudo e de todos como são. Dos anseios positivos como a dignidade, da autocrítica
humilde que me ajuda crescer.
O
Anti-Eu é meu lado sombra, que está presente, mas muitas vezes, escondido de
mim mesma. Nele se ocultam as naturais e humanas emoções negativas, como o
desprazer, a inveja, o ciúmes, o medo, a raiva, o descontrole, a mentira, a
vingança, a cobiça, a arrogância, a presunção, a sedução com objetivo vantajoso.
Preciso
e me faz bem, conhecer e assumir minha porção sombra, meu Anti-Eu, pois esse
conhecimento é importante para eu evoluir como ser humano. É difícil lidar com
um lado que não é aprovado e que vai se mostrando em momentos que a lucidez o
ilumina. Confesso que a princípio, fico até meio deprimida quando algum clarão ilumina
a sombra e me expõe as mazelas dela. Surgem dúvidas, até mesmo a respeito do
lado Luz. Mas isso é maravilhoso para meu autoconhecimento, porque se não
conheço minhas fraquezas, corro o risco de andar pela vida causando mal aos que
encontro pelos meus dias.
No
título falo em “nossa duplicidade” e confirmo, são nossas mesmo. Todos têm o
Anti-Eu, o lado sombra e afirmo com segurança, pois há muito percebi que somos seres
semelhantes, que tudo que sinto de bom ou de ruim, todos também sentem. As
diferenças acontecem por uns aceitarem seu lado Sombra, e outros o ignorarem e andarem
pela vida se avaliando somente com a porção Luz ou então, ao não aceitarem essa
duplicidade se entregarem ao lado escuro, à inércia, à depressão, ao negativo.
Os
que se esforçam para ignorar seu lado Sombra são autossabotadores, pois o
equilíbrio está em conhecê-lo e avaliar seus efeitos.
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