Filmadora nas mãos o documentarista analisa o pomar. Sabe que é
o pomar dos sonhos de alguém, sonhos que embalaram devaneios e o sonhador e sua
determinação foram atrás de realizá-los.
Um sonho é como uma árvore que oferece frutos e companhia nos
momentos necessários, aqueles em se planeja aonde gostaria estar e fazer nos amanha.
O proprietário do pomar de sonhos, não economiza ao elaborar novas
árvores de sonho e assim que o que era um jogo lúdico torna-se um vegetal e
como tal, pede cuidados para se desenvolver e vencer ervas daninhas que o
impedirão de doar seus frutos, ele o abandona já ocupado com os cuidados de
outra árvore, muitas vezes nem espera a primeira florescência e semeia outra
árvore e vai criando seu pomar de sonhos.
Com sua câmera focando as árvores o cinegrafista filma o pomar
que exibe algumas espécies em esqueletos de galhos ressequidos pelo abandono,
outras sendo invadida por ervas sugadoras em estado de agonia evidente, uma
somente ainda vigorosa, porém outra já está sendo semeada. Ele se preocupa com
o dono do pomar e se pergunta:
“Por que um sonho tão desejado e no qual se dedicou até com
sacrifícios, quando começa a ser realidade é abandonado? O que ele procura, o
que o fará sentir-se realizado? O que preencherá seu vazio interior, pois essa
busca por sonhos diversificados mostra claramente a existência desse vazio”.
Ao compactar o vídeo o técnico sente analogia com seu pomar de
sonhos e percebe que também deixou muitas árvores fenecerem. Assim que
ofertaram os primeiros frutos, os provou e não aprovou e trocou de árvore e
novamente essa o desagradou e semeou outra e outra...
Hoje até gostaria de
alguns frutos das desprezadas, mas o solo não está mais adequado a elas e
também, não é um desejo muito premente, seu vazio já foi preenchido...
A Persistência é o
melhor caminho para o êxito.
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