Dias desses caminhava por um corredor estreito, no qual não dava
pra andar em par, atrás de mim, uma amiga e depois dela outra que conheço somente
de ver no mesmo espaço, até então sem conseguir trocar palavras com ela, nem um
simples sorriso em forma de cumprimento. Juro que tentei mais de uma vez, mas
ela sempre me olha com aquele olhar de “não estou te vendo”, você já deve ter
sido focado por esse olhar, não é? Pois é, mas nesse dia andando pelo tal
corredor, ouvimos uma voz de homem, vinda de trás de nós. chamando em brincadeira:
_ Ei, bonitona!
Achei engraçado e perguntei:
_Mas quem é a “bonitona”? Pois éramos três, e pela primeira vez ela me viu e ouviu, pois respondeu:
_ Você, claro... Espremeu-se entre minha amiga e eu e
rapidamente prosseguiu, e nós paramos para saber o que ele queria, pois era
conhecido nosso e talvez dela também.
Ignorei-a totalmente, mas outra vez constatei que não sou
simpática a alguns olhares. Em alguns ambientes soube o porquê, diziam que
tenho jeito de convencida, que ando sei lá como, e que me julgo sei lá o que...
Agradeço todos que assim me julgaram até aqui, apesar de ter o maior prazer em
ser agradável e na verdade faz-me bem sentir que conquisto a simpatia de
alguém. Os agradeço e continuo tentando conquistar suas simpatias, porque me
ensinaram uma das melhores lições que precisamos aprender na vida:
“Não julgar ninguém pela aparência”
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